A Vitae Professionals assinou, recentemente, um protocolo de colaboração com a FNAEE - Federação Nacional de Associações de Estudantes de Enfermagem. Uma parceria que nos deixa muito satisfeitos, uma vez que nos permite estar ainda mais perto dos estudantes de Enfermagem, a nível nacional, percebendo assim quais as suas aspirações futuras, no seio da profissão, e os seus receios no que toca ao desenvolvimento de uma carreira internacional.
Para marcar e celebrar o estabelecimento desta parceria, entrevistamos a presidente da FNAEE, Constança Nunes. Ficamos a conhecer um pouco mais do seu percurso académico e conversamos, também, sobre esta sua paixão pelo associativismo.
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1 - Fala-nos um bocadinho sobre ti. O que te levou a optar pelo caminho da enfermagem?
Sou a Constança, tenho 23 anos e sou Enfermeira. Tenho 3 irmãs e desde pequena que tenho o espírito maternal apurado. Preocupo-me com as outras pessoas e não consigo ver maldade nos outros. Acima de tudo, tenho vontade de fazer mais e melhor todos os dias. Gosto de definir objetivos e lutar por eles, só assim é que a minha vida faz sentido. Pelo que a minha mãe conta, desde criança que digo que quero ser Enfermeira e da maneira que sou e pelo que podemos ver hoje, essa ideia nunca mais me saiu da cabeça.
2 - Dentro do teu percurso académico, como surgiu esta ligação ao associativismo e, em particular, à FNAEE?
Quando ainda estava no Secundário, gostava de participar nas atividades e fazer parte das Associações de Estudantes e quando ingressei na Universidade, em Viana do Castelo, não foi diferente. Recebi um primeiro convite para entrar e mantive-me. Mudei-me, entretanto, para Lisboa e a história repetiu-se. Fui contactada enquanto procuravam pessoas para integrar a equipa da FNAEE do mandato 2019/2020 e convidada para o cargo de Vogal da Direção e aceitei. Na FNAEE aprimorei as minhas competências pessoais e de equipa e hoje estou prestes a terminar o meu segundo mandato consecutivo enquanto Presidente da Direção.
3 - Quais foram os principais desafios nesta aventura como presidente e de que forma foste conseguindo conciliar os estudos com esta função de responsabilidade máxima na FNAEE?
Os principais desafios são aqueles com os quais não contamos. Enquanto Presidente, há uma responsabilidade acrescida e uma pressão que surge de todas as frentes com as quais encaramos. Nestes dois anos é fácil reconhecer que o desafio maior foi conseguir manter a FNAEE ativa e a dar respostas àquelas que são as necessidades dos estudantes de Enfermagem e, acima de tudo, conseguirmos reunir os esforços necessários e dar voz a estes Estudantes, lutando pelos seus interesses no meio de uma pandemia que em muito nos afetou.
4 - Para ti, enquanto estudante de enfermagem, qual o principal papel das associações de estudantes e, particularmente, da FNAEE?
O papel que as Associações e Núcleos de Estudantes desempenham e posteriormente, as Federações, é preponderante para o envolvimento dos estudantes no associativismo. É fulcral existirem estas estruturas porque são elas que representam os estudantes e é assim que eles se podem fazer ouvir. O objetivo de integrar uma estrutura nacional é, acima de tudo, salvaguardar que as necessidades, dúvidas e problemas existentes são resolvidos junto das entidades a quem essa situação diz respeito.
5 - Terminaste agora o teu curso. Vais continuar a ter ligação à FNAEE?
Nem fazia sentido ser de outra maneira. Nesta casa pertenci a uma família, aliás a 3, uma em cada ano que passou. Criei laços importantes com pessoas que vou levar para a vida, mostrei a minha forma de trabalhar, lidar e olhar para diversas situações, e acredito que tenha servido de exemplo ou contributo a alguém, e mais que tudo, criei os meus pupilos. Lancei-lhes o bichinho do amor pelo associativismo e por querer fazer mais e melhor pelos Estudantes de Enfermagem. Um dia voarão, mas até lá, dar-lhes-ei o apoio de que precisarem, fazendo-me manter por perto.
6 - Enquanto pessoa e profissional, o que te trouxe para o futuro este tempo que estiveste ligada ao associativismo?
Para o futuro, enquanto Constança e Enfermeira, levo comigo todas as aprendizagens que fui retirando desta experiência. Aprendi a lidar e a enfrentar situações menos confortáveis; tive a oportunidade de estabelecer muitas relações, não só com outros estudantes, mas também com pessoas pertencentes a cargos e entidades de valor para a Enfermagem e fui planeando e construindo o perfil de Enfermeira que quero ser no futuro, através dos valores com os quais me identifico.
7 - Mais concretamente com a Vitae, qual a importância desta nova parceria?
A partir do momento em que descobri que a Vitae Professionals existia e qual era o objetivo desta empresa, fez-se em mim o clique que precisava. Um dos meus objetivos de vida é emigrar, trabalhando como Enfermeira. É uma vontade que eu tenho muito presente há muitos anos e que quero realizar o quanto antes. Tenho um grande amigo que emigrou com a ajuda da Vitae e não podia estar mais satisfeito com a sua situação atual. Se eu posso ser feliz e cumprir os meus sonhos, por que não fazê-lo com a ajuda de quem sabe e me pode apoiar?
8 - Enquanto enfermeira recém licenciada quais é que achas que serão agora os teus principais desafios?
Os desafios que sei que vão surgir agora, numa primeira instância, passam por ter presente tudo aquilo que aprendi e me fez chegar a esta etapa. Saber que, a partir de agora, vou responder pelas minhas ações e não terei uma pessoa a quem recorrer a cada passo que vou dar é um pouco assustador, vou confessar. No entanto, também sei que aquilo que vi fazer, nem sempre era o correto ou estava errado. No entanto, através dessas aprendizagens e reflexões (durante a Licenciatura não fiz poucas, ahahah) percebi qual é o tipo e perfil de Enfermeira que quero ser.
