O curso de Quimioterapia para Enfermeiros está prestes a começar (ÚLTIMAS VAGAS- INSCREVA-SE!) e pensamos que seria interessante que a própria formadora nos explicasse em que consiste esta formação e de que forma poderá ser importante para os profissionais de Enfermagem.

 

 

A Enfermeira Ana Neto concordou conncosco e respondeu, então, às nossas questões.

 

  • Poderá falar um pouco sobre a relevância da formação contínua para os enfermeiros(as)? 

Como enfermeiros temos sobre a nossa alçada um vasto leque de responsabilidades para com o doente e a sociedade. Uma dessas responsabilidades é estar sempre atualizados sobre os últimos desenvolvimentos científicos e tecnológicos, para que seja mais célere a integração desses mesmos desenvolvimentos nos serviços e departamentos. Podemos falar de formulações farmacêuticas novas, de terapias alternativas, de técnicas inovadoras e até de desenvolvimentos na área da psicologia da saúde que nos ajudam a tratar ainda melhor os doentes, de uma forma holística.

 

  • O curso de Quimioterapia dará respostas específicas no âmbito da prática de enfermagem oncológica. Em Portugal quais são as principais necessidades formativas a este nível?

Bem, nós criamos o curso porque sabemos que não há formação especifica para enfermeiros nesta área. Há workshops e seminários, mas muito centrados nos cuidados médicos. Este curso visa, essencialmente, os cuidados aos doentes por parte dos enfermeiros, com componentes práticas muito interessantes como saber escolher bons acessos venosos, o que fazer em caso de extravasamento e como fazer uma avaliação prática de um doente a fazer terapêuticas sistémicas contra o cancro. Falaremos também, e não só, sobre questões éticas, questões práticas na administração de quimioterapias, conselhos a dar aos doentes, sendo o ultimo módulo sobre Imunoterapia, que é o futuro terapêutico mais promissor contra o cancro.

 

  • O papel do formador é fundamental, tanto como exemplo, como também como profissional com experiência prática na área. Quais são os principais desafios impostos na prática de enfermagem oncológica? E em termos de desenvolvimento (e atualização) de competências?

O maior desafio da Enfermagem Oncológica é, e sempre será, a relação com os doentes. Nós somos humanos, e inevitavelmente, há pessoas com quem nos identificamos, em quem nos revemos. Os doentes chegam até nós num dos momentos mais difíceis das suas vidas e nós estamos lá para ajudar. É as vezes difícil haver distanciamento terapêutico.

O curso de Quimioterapias para Enfermeiros oferece uma abordagem teórico-prática que vai de encontro aos cuidados prestados todos os dias nos hospitais deste país. O maior desafio na atualização de competências é precisamente o de ainda haver áreas especificas em que a oferta de formação é muito restrita. No entanto, temos também o oposto á falta de oferta formativa: a quantidade de informação disponível, que nos é bombardeada todos os dias, através dos vários órgãos de comunicação. É preciso ter conhecimentos prévios para discernir o que é um bom trabalho de pesquisa ou somente um texto escrito por alguém que está muito em voga em certos meios, e que pode induzir em erro os doentes e a população em geral. 

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