O Investigador Tiago Jacinto é também o formador do nosso Curso de Teoria à Prática: a Investigação na Prática Clínica (a decorrer nos dias 7, 8, 14 e 15 de julho no Porto). Quisemos saber a sua opinião sobre a relevância da formação contínua para os profissionais de saúde e, por isso mesmo, fizemos-lhe algumas questões que poderá ler na entrevista abaixo.

 

 

  • Poderá falar um pouco sobre a relevância da formação contínua para os profissionais de saúde?

No Séc. XXI, é fundamental para qualquer profissional de saúde manter-se atualizado. Através da investigação clínica, produz-se cada vez mais informação diariamente, pelo que o desafio aos saberes adquiridos e à aquisição de novo conhecimento é constante. Sempre com o propósito máximo da prestação de cuidados de saúde de excelência, é fundamental que todos os profissionais de saúde estejam na vaga da frente.

 

  • O curso sobre a Investigação na Prática Clínica está planeado para dar ferramentas específicas no âmbito da investigação científica. Em Portugal quais são as principais necessidades formativas a este nível?

A metodologia de investigação é muitas vezes negligenciada nos currículos dos cursos de saúde em Portugal, embora tenha havido melhorias nos últimos anos. Para desenvolver e compreender um estudo cientifico de forma adequada, é muito importante que sejam disponibilizadas ferramentas e métodos de forma consistente, ao longo de toda a formação académica e profissional do profissional de saúde.

 

  • O papel do formador é fundamental, tanto como exemplo, como também como profissional com uma experiência pragmática sobre o objeto de estudo. Quais são os principais desafios impostos na investigação, sobretudo no âmago da prática e atuação clínica? E em termos de de desenvolvimento (e atualização) de competências para o profissional?

A atualização constante é um desafio. Também é necessário ter tempo e espaço para que se possa desenvolver investigação de qualidade. As pressões laborais e as exigências profissionais podem ser um obstáculo ao desenvolvimento destas capacidades, mas creio que, através da potenciação individual e do trabalho em equipa, se conseguem obter excelentes resultados, mesmo com recursos limitados. Em boa verdade, a capacidade de conseguir produzir boa investigação com poucos recursos, é algo que se pode aprender e desenvolver todos os dias; ao longo de toda a carreira, vão-se assim criando os alicerces para melhor investigação e para melhores cuidados de saúde.

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